Por Conheça 5 filmes de Inteligência Artificial para citar no ENEM
Você sabe o que são Distopias?
Distopias são narrativas que descrevem sociedades fictícias ou futurísticas caracterizadas por condições opressivas, injustiças sociais, controle autoritário e frequentemente uma atmosfera sombria.
Ao contrário das utopias, que retratam sociedades idealizadas e perfeitas, as distopias refletem preocupações sobre o rumo da humanidade, abusos de poder, avanços tecnológicos descontrolados e outros dilemas sociais, políticos ou ambientais.
O que é Inteligência Artificial?
Atualmente muito tem se falado sobre a Inteligência Artificial, e o quanto ela tem ocupado grande espaço na rotina de muitos. Por isso é de extrema importância ter o conhecimento de filmes que abordam a temática de IA para citar no Enem.
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) utiliza como um dos métodos de avaliação a redação. Cada ano é um tema diferente, por conta disso é essencial o candidato possuir conhecimentos prévios para a construção de um texto com uma argumentação original e clara.
Reconhecendo a importância de adquirir conhecimento sobre distopia e Inteligência Artificial, selecionamos alguns filmes que podem enriquecer seu repertório.
O que é repertório sociocultural?
O repertório sociocultural abrange o conhecimento multidisciplinar que um candidato possui, especialmente quando demonstra esse conhecimento na redação do ENEM, abarcando diversas áreas como filosofia, sociologia e língua portuguesa.
Explorar filmes relevantes e ler livros pertinentes proporciona uma base para adquirir argumentos pertinentes para serem utilizados na redação, permitindo ao candidato articular sua opinião de forma a conectar diferentes esferas do conhecimento.
5 filmes de inteligência artificial para citar no ENEM
Ela (Her, 2013)
Ficção científica dirigido por Spike Jonze lançado em 2013. O filme aborda assuntos como solidão, relacionamentos humanos e inteligência artificial.
Assim, a história se passa em um futuro próximo e conta a história de Theodore Twombly (Joaquin Phoenix), que se envolve sentimentalmente com Samantha (Scarlett Johansson), um sistema operacional de inteligência artificial.
O Homem Bicentenário (1999)
É um filme de ficção científica lançado em 1999, dirigido por Chris Columbus e baseado no conto de Isaac Asimov. O filme é uma adaptação cinematográfica da história de Andrew Martin, um robô humanoide que deseja se tornar um ser humano de pleno direito.
A história gira em torno de Andrew, interpretado por Robin Williams, um robô de serviço doméstico que busca se tornar mais humano em sua jornada de autodescoberta por 2 séculos. Desse modo, o filme aborda questões profundas como a busca por identidade, a natureza da humanidade e o problema da mortalidade.
Ex Machina (2014)
É um filme de ficção científica dirigido por Alex Garland, conhecido por sua exploração das implicações éticas e filosóficas da inteligência artificial, especialmente no que diz respeito à consciência e à natureza da humanidade.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (2017)
O filme é uma ficção científica adaptado do Manga japonês “Ghost in the Shell” de Masamune Shirow, além de se inspirar no filme de animação de 1995 com o mesmo nome.
Assim, a história se passa em um futuro distópico no qual a personagem principal, Major Motoko Kusanagi, interpretado por Scarlett Johansson, é um ciborgue de alto nível que trabalha para a Seção 9, uma unidade de contraterrorismo.
Blade Runner, O Caçador de Androides (1982)
Blade Runner é um filme de ficção científica lançado em 1982, adaptado do romance “Do Androids Dream of Electric Sheep?” de Philip K. Dick. Ele é amplamente considerado um clássico do gênero.
A história acontece em um futuro distópico da cidade de Los Angeles, em 2019, quando a tecnologia chegou ao ponto de produzir replicantes. Eles são seres sintéticos quase impossíveis de distinguir dos humanos.
Benefícios de distopias no repertório do ENEM
As distopias têm ganhado destaque no repertório sociocultural dos candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sendo uma poderosa ferramenta para construir argumentos bem fundamentados em redações. Essas narrativas fictícias, que exploram cenários de opressão, autoritarismo, crise ambiental ou colapso social, são frequentemente utilizadas como paralelos para discutir temas sociais contemporâneos.
Ao conhecer distopias clássicas e modernas, os estudantes podem enriquecer suas redações, apresentando uma análise crítica sobre os desafios atuais da sociedade.
5 dicas de como as distopias podem ser usadas no ENEM
1 - Criticar o autoritarismo e a opressão social
Temas como a vigilância em massa, o controle governamental e a manipulação das informações são centrais em obras como 1984 (George Orwell) e Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley). Essas distopias permitem aos candidatos refletirem sobre o impacto de regimes autoritários no mundo contemporâneo, como o controle sobre a liberdade de expressão, fake news e a influência da tecnologia nas democracias. Essas obras são úteis para discutir temas relacionados aos direitos humanos e à importância da liberdade individual, ambos recorrentes nas provas de redação.
2 - Tecnologia e inteligência artificial
Filmes como Ela e Ex Machina exploram o impacto da inteligência artificial na sociedade e as questões éticas que surgem da criação de máquinas inteligentes. No contexto do ENEM, esses exemplos podem ser usados para discutir o avanço tecnológico e seus efeitos no mercado de trabalho, privacidade, e até mesmo na saúde mental, tópicos de alta relevância no mundo atual.
3 - Questões ambientais
Muitas distopias retratam cenários de colapso ecológico, como em Mad Max ou Interestelar, onde o desequilíbrio ambiental leva à destruição da sociedade. Essas obras podem ser utilizadas como repertório sociocultural para discutir temas de meio ambiente, sustentabilidade e mudanças climáticas, tópicos já abordados em temas de redação do ENEM, como em 2019, quando o tema foi “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, o que possibilita conexões com o impacto cultural e ambiental do cinema.
4 - Desigualdade social e exclusão
Obras como Jogos Vorazes ou O Conto da Aia podem ser citadas para discutir desigualdades de classe, gênero e direitos civis. Essas distopias levantam discussões sobre a divisão social, exploração econômica e o papel do Estado na promoção (ou na falha) de uma sociedade mais justa, o que se alinha com temas de redação que abordam inclusão social e os desafios de garantir direitos humanos.
5 - Controle da informação e manipulação da mídia
1984 é especialmente relevante para discutir o controle de narrativas e a manipulação da mídia. Temas como fake news, a influência das redes sociais e a manipulação de dados podem ser abordados através do exemplo do "Ministério da Verdade" de Orwell, conectando essas preocupações com o atual contexto da era da informação e o impacto da desinformação no cenário político e social.
Exemplos de temas de redação onde distopias podem ser aplicadas
Em diversas edições do ENEM, os temas da redação permitiram o uso de distopias como parte do repertório sociocultural. Por exemplo:
2018: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. Esse tema permite ao candidato explorar filmes como O Dilema das Redes ou o livro 1984, discutindo a vigilância em massa, o controle digital e o impacto da manipulação das redes sociais na vida cotidiana.
2019: “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”. Apesar do tema parecer mais restrito ao acesso cultural, a discussão pode incluir como as distopias no cinema e literatura refletem sobre a democratização das informações e o papel do cinema em despertar reflexões críticas sobre o futuro.
2017: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Embora mais voltado para a inclusão, é possível citar distopias que criticam a exclusão de minorias, como em O Conto da Aia, onde a privação de direitos básicos de determinadas populações gera uma sociedade desigual e opressiva.
Relevância para questões atuais
Os temas presentes nas distopias são altamente relevantes para questões contemporâneas. A era digital, as mudanças climáticas e o crescente autoritarismo em algumas partes do mundo têm trazido de volta à discussão obras distópicas, que, embora ficcionais, refletem receios reais sobre o futuro da sociedade.
A inteligência artificial, por exemplo, já não é mais uma questão apenas teórica. Com o surgimento de ferramentas de IA avançadas, a humanidade se depara com questões éticas e práticas semelhantes às retratadas em obras como Blade Runner ou O Homem Bicentenário.
No ENEM, os temas de redação exigem que os candidatos demonstrem capacidade de articular conhecimento prévio sobre questões sociais, políticas e culturais, o que faz das distopias uma fonte valiosa de repertório. Ao conectar os cenários imaginários das distopias com os dilemas do mundo real, os candidatos podem construir argumentos profundos e originais, o que é essencial para alcançar uma boa nota na redação.
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